O dia há de voltar!

Dia 9.
Escrevi um texto de reply para um de nossos companheiros que reproduzo aqui:
A questão toda me parece se tratar mais de criar um sentimento de indiferença com relação à pornografia do que propriamente um sentimento de repúdio, porque a reação visceral à pornografia significa estar, se não subjulgado a ela, pelo menos em um embate igual, ou seja, que nunca se poderá vencer. É igual a nossa relação com formigas, somos completamente indiferentes a elas exatamente por sermos tão grandes que elas nem chegam a incomodar, em contrapartida, formigas e cupins vivem sempre em guerra, exatamente por terem o mesmo tamanho, ora uma ganha, ora outra. A parte central do nofap para mim não se trata de acabar com a pornografia, mas crescermos de forma que sejamos superiores ao nosso corpo. Portanto, me parece que a chave não está em mil bloqueadores de sites, ou apagar aplicativos, mas em encontrar formas que façam o ser humano crescer e que seja independente do corpo, não a toa vícios são marcas de uma vida medíocre. Há um experimento que fizeram com ratos, onde em uma gaiola colocaram um rato solitário com dois filtros de água, um continha água pura o outro água com cocaína; em outra gaiola criaram uma ratolândia, cheia de ratos e coisas divertidas além de outros dois filtros de água pura e da água com cocaína. Não preciso dizer que o rato solitário morreu de overdose, enquanto na ratolândia os ratos preferiram a água limpa à água com cocaína. Não me parece absurdo tirar as mesmas conclusões para os seres humanos, isto é, de que uma vida medíocre levará a nós buscarmos vícios, mas uma vida ativa, com propósito, nos tornará superiores ao nosso corpo e, assim, poderemos encarar a pornografia assim como encaramos formigas. Então uma sugestão: vai em busca de algo, e faça, se absorva naquilo, certamente não se livrará da pornografia apenas com isso (eu mesmo estou ainda nessa jornada), mas, contemplando seu "eu ideal", poderá cada vez mais criar, aos poucos, a indiferença para derrotar a pornografia.